Muitas vezes chove naquela terra de ninguém. Chuva, tempestade, tormenta, raio, trovão. O povo se esconde, dentro das casas de pedra, e se põe a pensar. E como a tempestade nunca termina, o povo nunca para de pensar. E pensa. E os vizinhos daquela terra de ninguém não sabem que os pingos da chuva são idéias, e a terra fértil é a própria consciência.
domingo, 22 de fevereiro de 2015
Cemitério enluarado
Versos sombrios jazem na escuridão.
Sibilam palavras amargas num silêncio.
Cortam a carne como um açoite.
Sopram um vento frio
Que chicoteia a alma já morta
Que jaz num cemitério enluarado.
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