eu olho e nada vejo, meus olhos só vagueiam
te procuro, mas não acho, e me perco
amo, e em silêncio frustrado encolerizo e quebro o espelho
e só o que me resta já não me basta
sabia que isso seria uma ironia: teria que juntar esses cacos,
que o espelho se partiria em mil pedaços
seria melhor, talvez, ter guardado tudo numa garrafa e jogado fora
assim, como quem não quer nada
do mesmo modo que as minhas perguntas são ignoradas
jeito não tenho a dar
mais e mais quero jogar tudo fora nessas águas negras, neste mar
profundo e desconhecido.
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