quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Silenciosa cólera

O papel branco fita o pincel, malandro
E o convida pra dançar
não saem textos dessa folha em branco.
Há uma melodia,
Que esconde a cólera consigo
Mas esses acordes não combinam,
São tronchos, e ela já não faz mais sentido
Há esse silêncio, agora
Da quimera de sonhos, jogada no asilo
Pra rolar alguns dados e esperar a sorte
Guardar desejos em sigilo
Há esse desejo, que tenta,
em vão,
Empurrar pra fora palavras não ditas
O grito está preso na garganta
Engasga e golfa
Se debate e luta
Está em cólera
E esse silêncio corta.

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