domingo, 15 de junho de 2014

A poesia social

a felicidade é vã como o céu azul de um dia ensolarado e eu de ressaca
o entardecer é mais inebriante por entre os prédios dessa cidade
como o seu sorriso, perdido e escondido
numa alegria que vem do nada
a vida é cretina, perversa e pervertida
é um mar de vastas emoções e pensamentos imperfeitos
e eu dentro de um carro, longe daqui, a dez mil milhas por hora
vendo o céu azul me tragar como se eu fosse fumaça
na escuridão que esconde a noite
não posso me esquivar
dos espaços vazios em que me esbarro
e vejo, escancarada,
a poesia social

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